quarta-feira, 26 de janeiro de 2011


Um barulho vazio ecoa pelo quarto, uns ruídos sem sentido, bagunção seu psicológico, imóvel Silvana olha a noite pela janela, nem só estrelas, nem só lua, a noite. Ela olha aquele fundo escuro misturado com pontinhos e postes, casas e cheiro de asfalto molhado. A Noite. Como o desabrochar de uma flor colada e amassada. A noite. Seus olhos na noite, seus olhos ao léu do invisível. Ela não pode pegar a noite e guarda-la no armário e só pega-la quando precisar. A noite. Não se pode ser controlada. Ela não quer ser controlada, ela quer controlar. Então quem não é controlado quer controlar? Fugir do teu controle é por o meu controle? Foda-se. Esse controle já em deu no saco e a Silvana já foi embora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário