sábado, 12 de março de 2011


Roupas tacadas pela janela, olhos vidrados em espelhos velhos, maquiagem borrada do mês passado, velhas coisas novas, em pensar que o melhor de mim mesma eu taquei fora e queimei, em algum delírio insano de que não ser eu faria mais bem a mim do que eu mesma, tudo isso graças a telefones que não tocavam mais, a livros que não lia mais, a discos que roubei de algum rapaz. E como voltar a ser tu mesmas e não se esquecer do outro eu que tu viveu e que só lhe trouxe ódio, aflição e coragem, como ser tu outra vezes sem esquecer de ser ti ? Velhas coisas novas que agente quer saber, quer sentir outra vez mas não sabe por onde.

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